Como aprendemos sobre as constelações na escola? Pode-se ter a impressão de que ouvimos que o Sol está fixo, e seus planetas, movimentando-se. Ou que algumas estrelas (sóis, com luz própria) ficam paradas em seus lugares.
Há quem afirme e prove que estrelas se movimentam, que percorrem um caminho. Mas a ideia aqui é de, hoje, pensarmos um pouco sobre o movimento aparente das estrelas, a dança do exército luminoso que acontece inclusive enquanto estamos observando ou filmando o céu.
Se o assunto é posicionamento ou ponto de vista, é claro que isso varia de pessoa para pessoa. Se eu estiver na América do Norte, vou assistir um movimento diferente do que se estivesse olhando as constelações a partir do Sul do Brasil.
Acontece o seguinte: a Terra gira em torno de si mesma, e essa rotação faz com que tudo à sua volta pareça girar. Isso não dá para negar, mas a Terra se “apoia” em um eixo para fazer seu bailado. A referência a esse eixo é a Linha do Equador.
Então, se você estiver em algum local próximo à Linha do Equador, vai ver o céu se “movendo” de forma diferente do que, como pensamos agora há pouco, estando nos extremos Norte ou Sul.
Do Norte, acima da Linha, você vai ver as constelações desfilando no sentido anti-horário. Mas, do Sul, outro observador vai ver esse espetáculo se passar no sentido horário. No meio, vai haver um meio-termo, algo entre o que se vê do primeiro ou do segundo ponto de vista.
Fazer um relato dessa assombrosa apresentação, mesmo colocando poesia, não chega aos pés de uma visão real dela. Ou, como costumamos usar e é perfeitamente legal, vídeos e fotos de algum observatório de astronomia fazem isso por nós maravilhosamente bem.
Mas fazer poesia sobre a abóbada celeste, sobre o satisfazer e encantar dos olhos é reconhecer e acolher o que é um real presente. Concorda?
